sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Porto
te deixo uma musiquinha gostosa com gosto de sol e mar...
ah! mar...
saudades de mares distantes
perdidos em minha memória
cheio de conchas
praias com estória
que a maré do tempo
jamais irá levar
vamos?
beijos
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Thats What Friends Are For
Às vezes, fico me perguntando porque é tão difícil ser transparente?
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma,é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!
Mas infelizmente, quase sempre,a maioria de nós decide não correr esse risco.
Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...
Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção...
E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.
Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura,nosso amor mais intenso e não-contaminado.
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar, doçura, compaixão...
Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar,agredir, acusar,criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando... pode parar, por favor?".
Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor...
Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo,não desejar parecer tão invencível.
Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto, que consigamos docemente viver, sentir, amar...
E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.
Seja transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar...
Dois mimos :
Mairead Nesbitt - "Shenandoah"
Mairead Nesbitt - "Reels"
Celtic Woman - A New Journey: Live at Slane Castle, Ireland 2006.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Lounge
Não, não foi por gentileza
mas porque ela caiu
feito a noite
sobre ele
de mansinho
vindo para repor o que lhe faltava
trazendo motivos
pra faze-la bela
Além da noite
Além do dia
Além da alma
Além da vida
Porque além da noite,
querida
pura e simples
era bela
era dele
era ela
Era dela
a noite
Era dele
o açoite ....
Quando ele abriu sua asas
e aconchegou-a em seu sonhos
sorriu voltando para ela e
ela sussurrando
bem baixinho...
simplesmente
boa noite ...
E se encolhe toda
amando-o
debaixo da branca asa
½ bj achocolatado
moça bela que só fica no desejo
e só me beija nesta tela
sábado, 14 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Hoje
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O que será?
Enjoy it
e foi isso
moça bonita
neste final de tarde
porque sempre me vejo ao teu lado
ahh! Gosto.
Let It Be Me
(...) Esgota,
como um pássaro,
as canções
que tens na garganta.
Canta.
Canta para conservar
a ilusão
de festa
e de vitória.
Talvez as canções
adormeçam as feras
que esperam devorar
o pássaro.
Desde que nasceste
não és mais
que um vôo no tempo.
Rumo ao céu?
Que importa a rota?
Voa e canta
enquanto resistirem
tuas asas...
o vôo
[Menotti del Pichia]
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Ela havia feito algo
que seu pai não aprovava,
embora ninguém mais se
lembrasse do que havia sido.
Seu pai, no entanto,
a havia arrastado
até os penhascos,
atirando-a ao mar.
Lá, os peixes
devoraram sua carne
e arrancaram seus olhos.
Enquanto jazia no fundo do mar,
seu esqueleto rolou muitas vezes
com as correntes.
Um dia um pescador veio pescar.
Bem, em verdade, em outros tempos,
muitos costumavam vir a essa baía pescar.
Esse pescador, porém,
estava afastado de sua colônia
e não sabia que os pescadores da região
não trabalhavam ali sob a alegação
de que a enseada era mal-assombrada.
O anzol do pescador
foi descendo pela água abaixo
e se prendeu - logo em quê! -
nos ossos das costelas
da Mulher-Esqueleto.
O pescador pensou:
"Oba, agora peguei um grande de verdade!!!
Agora peguei um mesmo!".
Na sua imaginação,
ele já via quantas pessoas
esse peixe enorme iria alimentar,
quanto tempo sua carne duraria,
quanto tempo ele estaria
livre da obrigação de pescar.
E enquanto ele lutava
com esse enorme peso
na ponta do anzol,
o mar se encapelou
com uma espuma agitada,
e o caiaque empinava e sacudia
porque aquela que estava lá embaixo
lutava para se soltar.
E quanto mais ela lutava,
tanto mais ela se enredava na linha.
Não importava o que fizesse,
ela estava sendo inexoravelmente
arrastada para a superfície,
puxada pelos ossos
das próprias costelas.
O pescador havia se voltado
para recolher a rede e, por isso,
não viu a cabeça calva
surgir acima das ondas;
não viu os pequenos corais
nas órbitas do crânio;
não viu os crustáceos
nos velhos dentes de marfim.
Quando ele se voltou
com a rede nas mãos,
o esqueleto inteiro,
no estado em que estava,
já havia chegado à superfície
e caía suspenso
da extremidade do caiaque
pelos dentes incisivos.
- Agh! - gritou o homem,
e seu coração afundou até os joelhos,
seus olhos se esconderam apavorados
no fundo da cabeça
e suas orelhas arderam
num vermelho forte.
- Agh! - berrou ele,
soltando-a da proa com o remo
e começando a remar
loucamente na direção da terra.
Sem perceber que ela
ainda estava emaranhada na sua linha,
ele ficou ainda mais assustado,
pois ela parecia estar em pé,
a persegui-lo o tempo todo até a praia.
Não importava de que jeito
ele desviasse o caiaque,
ela continuava ali atrás.
Sua respiração
formava nuvens de vapor sobre a água,
e seus braços se agitavam
como se quisessem agarrá-lo
para levá-lo para as profundezas.
- Aaaagggggghhhhh! - uivava ele,
quando o caiaque encalhou na praia.
De um salto ele estava fora da embarcação
e saía correndo agarrado à vara de pescar.
E o cadáver branco da Mulher-Esqueleto,
ainda preso à linha,
vinha aos solavancos bem atrás dele.
Ele correu pelas pedras,
e ela o acompanhou.
Ele atravessou a tundra gelada,
e ela não se distanciou.
Ele passou por cima da carne
que havia deixado a secar,
rachando-a em pedaços
com as passadas dos seus mukluks.
O tempo todo ela continuou atrás dele
- na verdade, até pegou
um pedaço do peixe congelado
enquanto era arrastada.
E logo começou a comer,
porque há muito tempo,
muito tempo não se saciava.
Finalmente, o homem chegou ao seu iglu,
enfiou-se direto no túnel e, de quatro,
engatinhou de qualquer jeito para dentro.
Ofegante e soluçante,
ele ficou ali deitado no escuro,
com o coração parecendo um tambor,
um tambor enorme.
Afinal, estava seguro,
ah, tão seguro,
é seguro, graças aos deuses,
Raven, é, graças a Raven, é,
e também à todo-generosa Sedna,
em segurança, afinal.
Imagine quando ele acendeu
sua lamparina de óleo de baleia,
ali estava ela - aquilo -
jogada num monte no chão de neve,
com um calcanhar sobre um ombro,
um joelho preso nas costelas,
um pé por cima do cotovelo.
Mais tarde ele não saberia dizer
o que realmente aconteceu.
Talvez a luz tivesse
suavizado suas feições;
talvez fosse o fato
de ele ser um homem solitário.
Mas sua respiração
ganhou um quê de delicadeza.
Bem devagar, ele estendeu as mãos e,
falando baixinho como uma mãe
fala com o filho,
começou a soltá-la da linha de pescar.
Ele primeiro soltou os dedos dos pés,
depois os tornozelos.
Trabalhou sem parar noite adentro,
até cobri-la de peles para aquecê-la,
já que os ossos da Mulher-Esqueleto
eram iguaizinhos aos de um ser humano.
Ele procurou sua pederneira
na bainha de couro
e usou um pouco do próprio cabelo
para acender mais um foguinho.
Ficou olhando para ela
de vez em quando,
enquanto passava óleo
na preciosa madeira
de sua vara de pescar e
enrolava novamente
sua linha de seda.
E ela, no meio das peles,
não pronunciava palavra
- não tinha coragem -
para que o caçador
não a levasse lá para fora
e a jogasse lá embaixo nas pedras,
quebrando totalmente seus ossos.
O homem começou a sentir sono,
enfiou-se nas peles de dormir
e logo estava sonhando.
Às vezes,
quando os seres humanos dormem,
acontece de uma lágrima escapar
dos olhos de quem sonha.
Nunca sabemos
que tipo de sonho provoca isso,
mas sabemos que
ou é um sonho de tristeza
ou de anseio.
E foi isso o que aconteceu com o homem.
A Mulher-Esqueleto
viu o brilho da lágrima à luz do fogo,
e de repente ela sentiu sede.
Aproximou-se do homem que dormia,
rangendo e retinindo,
e pôs a boca junto à lágrima.
Aquela única lágrima foi como um rio,
que ela bebeu, bebeu e bebeu
até saciar sua sede de tantos anos.
Enquanto estava deitada ao seu lado,
ela estendeu a mão
para dentro do homem que dormia
e retirou seu coração,
aquele tambor forte.
Sentou-se e começou a
batucar dos dois lados do coração:
Bom, Bomm!... Bom, Bomm!...
E enquanto
ela marcava o ritmo,
começou a cantar em voz alta.
E quanto mais cantava,
mais seu corpo se revestia de carne.
Ela cantou para ter cabelos,
olhos saudáveis
e mãos macias e gordas.
Ela cantou para reaver
seu dom de ser mulher
e ter seios suficientes para dar calor.
Ela cantou para ter sabedoria,
para reaprender a amar,
para ser inteira, íntegra
e verdadeira.
Quando estava pronta,
ela também cantou para despir
o homem que dormia
e se enfiou na cama de peles com ele,
a pele de um tocando a do outro.
Ela devolveu o grande tambor
- o coração -,
ao corpo dele,
e foi assim que acordaram,
abraçados um ao outro,
enredados na noite, juntos,
agora de outro jeito,
de um jeito bom e duradouro.
As pessoas que não conseguem se lembrar
de como aconteceu sua primeira desgraça,
dizem que ela e o pescador foram embora
e sempre foram alimentados
pelas criaturas que ela conheceu
na sua vida debaixo d'água.
As pessoas garantem que é verdade e que é só isso o que sabem..."
~~A MULHER ESQUELETO~~
Uma lenda do povo inuit, do livro "Mulheres que Correm com os Lobos",
de Clarissa P. Estés (pgs. 168/171)
e é isso moça bonita
todos nós sempre guardamos bem guardados
os nossos esqueletos
não é?
1/2 beijo gelado
aNTONIocARLos
ah! Gosto
2o1o
Música : Rod Stewart & Jennifer Hudson - Let It Be Me
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Aqui te amo
Quem tu és não importa, nem conheces
O sonho em que nasceu a tua face:
Cristal vazio e mudo.
Do sangue de Quixote te alimentas,
Da alma que nele morre é que recebes
A força de seres tudo.
José Saramago - Química
Aquí te amo...En los oscuros pinosse desenreda el viento.Fosforece la lunasobre las aguas errantes.Andan días igualespersiguiéndose.Se desciñe la nieblaen danzantes figuras.Una gaviota de platase descuelga del ocaso.A veces una vela,altas,altas estrellas.O la cruz negrade un barco.Solo.A veces amanezco,y hasta mi almaestá húmeda.Suena,resuena el mar lejano.Este es un puerto.Aquí te amo.Aquí te amo y en vanote oculta el horizonte.Te estoy amando aúnentre estas frías cosas.As veces van mis besosen esos barcos graves,
que corren por el marhacia donde no llegan.Ya me veo olvidadocomo estas viejas anclas.Son más tristes los muellescuando atraca la tarde.Se fatiga mi vidainútilmente hambrienta.Amo lo que no tengo.Estás tú tan distante.Mi hastío forcejeacon los lentos crepúsculos.Pero la noche llegay comienza a cantarme.La luna hace girarsu rodaje de sueño.Me miran con tus ojoslas estrellas más grandes.Y como yo te amo,los pinos en el viento,
quieren cantar tu nombrecon sus hojas de alambre.Pablo Neruda.~~~~~~~~~~~~
e é issomais?prá quê?Moça bonita e esvoaçante,pendurada na quinta pontinhada estrela mais distante do céu ...... e que foi escolherlogo a mais brilhantepara ficar balançandoigual a uma menininha de tranças!!altas...altas estrellas...ah! gosto2o1oantoniOCarlos~~~~~~~~~~~~~~~~
DEPOIMENTO:
Sempre seremos muito mais do que alternativas... Impossível saber se somos únicos, ideais, ou complementares. Importante é saber se a afinidade que temos se resume a nossa capacidade de perceber, interpretar e traduzir sentimentos em palavras. Tudo é possível, até mesmo encontrarmos o amor , cumplice, parceiro e apaixonado que desejamos.
Bjuzzz
Marisa
Gravação : Aqui te amo - Pablo Neruda
domingo, 8 de agosto de 2010
Dia dos Pais
Não há mais bela música
que o ruído da maçaneta da porta
quando meu filho volta para casa.
Volta da rua, da vasta noite,
da madrugada de estranhas vozes,
e o ruído da maçaneta
e o gemer do trinco,
o bater da porta
que novamente se fecha,
o tilintar inconfundível
do molho de chaves
são um doce acalanto,
uma suave cantiga de ninar.
Só assim fecho os olhos,
posso afinal dormir
e descansar.
Oh! A longa espera,
a negra ausência,
as histórias de acidentes e assaltos
que só a noite como ninguém
sabe contar!
Oh! Os presságios e pesadelos,
o eco dos passos nas calçadas,
a voz dos bêbados na rua
e o longo apito do guarda
medindo a madrugada,
e os cães uivando
na distância
e o grito lancinante
de uma ambulância!
Quem será?
E o coração descompassado
a pressentir
e a martelar
na arritmia do relógio
do meu quarto
esquadrinhando
a noite e seus mistérios.
Nisso, na sala que se cala,
estala a gargalhada jovem
da maçaneta que canta
a festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole
a noite imensa
com todos os ruídos secundários.
__Oh! Os címbalos do trinco
e os clarins da porta
que se escancara
e os guizos das muitas chaves
que se abraçam
e o festival dos passos
que ganham a escada!
Nem as vozes da orquestra
e o tilintar de copos
e a mansa canção
da chuva no telhado
podem sequer se comparar
ao som da maçaneta
que sorri
quando meu filho
volta.
Que ele retorne sempre
são e salvo,
marinheiro
depois da tempestade
a sorrir e a cantar.
E que na porta
a maçaneta cante
a festiva canção
do seu retorno
que soa para mim
como suave
cantiga de ninar.
Só assim,
meu coração se aquieta,
posso afinal
dormir
e descansar.
Ser PAI
é sonhar...
é isso
bom domingo
Antonio Carlos
Música : Wave -Alcione
sábado, 7 de agosto de 2010
More than words
Música : Westlife - More than words