Paula Fernandes
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Soneto à lua
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!