quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nua idéia





Edu Lobo


Lua Cheia



Nas madrugadas
insones de verão,
montada em negro corcel,
viajo rumo ao passado.

Deliro,
ardo em febre.
Me apunhalo.
Me afogo em frios suores e,
depois,
choro pela vida
desperdiçada
como o vinho
entornado
nas mesas
de tabernas ordinárias
e chopes não terminados,
levados
por apressados
garçons mercenários.



Choro por minha
polidez medíocre
e bem comportada,
pelo tolo acato
às convenções
institucionalizadas,
pelo horrível aprendizado
de engolir sapos.


E choro
e uivo
e me debato.


Afinal,
é lua cheia...

(eliane stoducto) 

não tenho palavras
pra agradecer
esta violenta demonstração
de paixão
não tenho palavras
precisava agora
urgentemente


de ti


e só depois
bem depois
voar contigo
para as fronteiras
que existem
muito além da lenda


é isso
moça bonita


Antonio Carlos
9mbro
2o1o

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