quarta-feira, 24 de março de 2010

Trânsitos astrológicos








O que eu,

em minha soberba racionalista

nem sequer podia imaginar,

é que civilizações

muito anteriores à nossa,

por não perderem o seu tempo

com as ilusões da casca,

chegaram a conhecer,

muito mais profundamente

do que nós,

a essência da vida

que passados

mais de seis mil anos

é exatamente a mesma.

O que eu,

em minha vaidosa

ignorância intelectual,

não sonhava,

é que assim na terra como no céu,

as coisas acontecem

dentro de uma ordem sublime,

que os gregos chamavam de KAOS,

e que só o fato de saber que ela existe

pode tirar uma pessoa

de uma depressão severa,

ou trazer a vontade

de viver novamente a alguém

que já a tinha perdido.

Conhecer velhos deuses esquecidos

pode iluminar as trevas

em que o acaso nos jogou.


Pode dar significado,

e de uma hora para outra

nos mostrar que ao invés

de termos motivos

para chorar e reclamar,

o que deveríamos realmente fazer

é cair de joelhos em gratidão eterna

pela sabedoria suprema

que nos manda o que precisamos

na hora exata de transformar

chumbo em ouro.

Nosso drama não é tão particular assim,

na verdade pertence a toda a nossa espécie, e,

portanto, não precisa ser tão dramático assim.


As situações que enfrentamos

tem início, meio, fim e,

principalmente, finalidade.

Não, não estamos apanhando em vão.


A vida sabe o que está fazendo,

e na hora em que compreendemos

os seus motivos,

o Sol volta a brilhar para nós.


O que nos joga na lona

não são as dificuldades.


Problemas sempre existiram,

e provavelmente sempre existirão.


O que nos derruba

é não ver a luz no fim do túnel,

ou a sensação surda

de que Deus nos abandonou

ou está nos punindo por algo

que não sabemos o que é.

Os deuses da mudança não punem,

eles nos amam.


E em seu amor,

não se conformam

com a nossa acomodação.


Querem o nosso melhor,

e para isso

nos fazem dar o melhor.


A hora é de mudança.

A hora é de dizer sim à vida.


Tem outro jeito?


Trânsitos astrológicos: A hora de dizer sim à vida - Maltz




Existem algumas pessoas,

sentimentos, lugares,

situações, palavras e atos

que precisam existir.

Se não existissem,

precisariam ser inventados.

E cada momento que a gente vive é único,

e mesmo o velho fica novo

diante do tempo presente.

E mesmo o beijo

vira outra coisa,

e mesmo o desejo

reaparece como a saudade

do que nunca se sentira antes.

E quando a gente

olha, respira, pega

e sente que existe,

sente que a gente existe também.

Talvez mais nos outros

do que em nós.

Talvez mais nos olhos

ou no desejo feroz.

Pessoas que nos fazem sentir,

nos fazem sorrir

nos fazem viver

ou renascer

nas horas mais imprevisíveis,

num suspiro na madrugada

nos fazem ser, nos fazem ver.

Que nos apresentam o momento

escancarando as janelas

e nos deixando ver

quão lindo estão (são)

todos os dias lá fora,

mesmo os mais chuvosos.

É isso...


Obrigado

De coração

Moça Bonita


Ah! Teus olhos...


Ah! Carlos

Março

2o1o


Música : SANTA MARIA - Gothan Project - Tema do filme SHALL WE DANCE

3 comentários:

  1. ... mas esse tempo de mutação
    tem que ser sempre dolorido???

    Ah! meus olhos...
    meus olhos são teus

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  2. Tony, hoy elegiste musicalizar la jardinera con una de las Revanchas del Tango al particular estilo Gotan-Projet!
    Qué escena de alto voltaje tanguero la del filme! eh! rsS!
    Explotaron los bandoneones ecualizados y sintetizados a pura pasión electrónica!!
    ahahahahahahaha!
    Lo mismo ocurrió en la banda sonora del filme "Take the lead" con Antonio Banderas...
    Este trío electro-tanguero franco-suizo-argentino le da un toque hot al tango tradicional...de por sí con cadencia genética hiper-hot...cuerpo a cuerpo por naturaleza rsS!

    Ahh! Teu único olho...
    Desde óntem é só meu! rsS!
    Fica em Baires bem perGtinho de min (quatro ruas) rsS!
    Mas tarde vc vai ter as provas...vai SIM!!!
    Me agurade...rsS!

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  3. Me agurade nao...melhor me aguarde!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

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