Doidas e Santas
Toda mulher é doida.
Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno
que nos informa desde cedo que, sem amor,
a vida não vale a pena ser vivida,
e dá-lhe usar o nosso poder de sedução
para encontrar the big one,
aquele que será inteligente, másculo,
se importará com nossos sentimentos
e não nos deixará na mão jamais.
Uma tarefa que dá prá ocupar uma vida, não é mesmo?
Mas além disso,
temos que ser independentes, bonitas,
ter filhos e fingir de vez em quando
que somos santas, ajuizadas, responsáveis,
e que nunca, mas nunca,
pensaremos em jogar tudo pro alto
e embarcar num navio pirata
comandado pelo Johnny Depp,
ou então virar loura e cafetina,
ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta,
sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca.
Pense em qualquer uma que você conhece
e me diga se ela não tem ao menos
três dessas qualificações:
exagerada,
dramática,
verborrágica,
maníaca,
fantasiosa,
apaixonada,
delirante.
Pois então...
E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome:
chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam
a levantar da cadeira
para ver quem está chamando lá fora.
E santa, fica combinado, não existe.
Uma mulher que só reze,
que tenha desistido
dos prazeres da inquietude,
que não deseje mais nada?
Você vai concordar comigo:
só se for louca de pedra.
Martha Medeiros
Não foi supresa pra mim,
Não me comove o pranto
Quem sabe essa mágoa passando
Dos erros que tanto insistiu por prazer,
Diz que é carente de amor,
Se precisar
E já que vc disse que:
"(...)Eu deixaria você transformar o mais simples no mais inesquecível só para ter a certeza que eu me lembraria de você com olhos de saudades para o resto da vida."
Eu digo que toda transformação começa quando somos atingidos por um amor inesquecível, como se fosse um raio dentro da noite de nossas almas, iluminando nossa vida para sempre.
Música : Balada Do Louco - Cida Moreira
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