quinta-feira, 23 de junho de 2011
A violeira
O poema me levará no tempo
Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê
O poema alguém o dirá
Às searas
Sem passagem se confundirá
Com o rumor do mar com o passar do vento
O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento
No ar claro nas tardes transparentes
Suas sílabas redondas
(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)
Mesmo que eu morra o poema encontrará
Uma praias onde quebrar as suas ondas
E entre quatro paredes densas
De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
e é isso moça bonita
quero ver quem é que tira
nós aqui deste lugar
ah! mar...
1/2 bj salgado
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e quem é que arranca a gente aqui deste lugar?
ResponderExcluirentão...
é assim...sempre
beijos mil
sandra