terça-feira, 3 de maio de 2011

Desenredo






De início, não me afeta o drama trivial.
Mas, aos poucos, a história enfim me contagia.

Vibro num acorde intenso de alegria,
Quando a hora da ventura é de fazer cantar.

Acre, fere-me em cheio a rajada perversa
Que fustiga os heróis; e sua sorte adversa
É tão real, é tão viva, é tão minha,
Que os vagalhões em fúria desse mar
Se espedaçam nas vergas de meu peito
Com ímpeto tamanho e de tal jeito
Que sinto o coração arrebentar.

E só ao cair do pano é que percebo, arfante,
Que o júbilo e o amargor desse drama empolgante,
Não eram meus, afinal!

O drama alheio - Helena Kolody


antoni [Z arlos  
      
Olhos que procuram em silêncio
Ver nas coisas, cores irreais
Seu instito é meu desejo mais puro
Esse seu ar obscuro, seu objeto de prazer
Mas se você quiser , eu bebo seu vinho
Mas se você quiser, sou pedra, flor e espinho

Frejat, Mauríco Barros e Mauro Sta. Cecília

          e é isso!

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