sábado, 18 de setembro de 2010
VOYAGE
Tuas
pálpebras...
Não estejas
longe de mim um só dia,
porque como,
porque, não sei dizê-lo,
é comprido o dia,
e te estarei esperando
como nas estações
quando em alguma parte
dormitaram os trens...
Não te vás por uma hora
porque então
nessa hora
se juntam as gotas
do desvelo
e talvez toda a fumaça
que anda buscando casa
venha matar ainda
meu coração perdido
Ai que não se quebrante
tua silhueta na areia,
ai que não voem
tuas pálpebras
na ausência:
Não te vás por um minuto,
bem-amada,
porque nesse minuto
terás ido tão longe
que eu cruzarei
toda a terra
perguntando
se voltarás
ou se me deixarás
morrendo.............
NERUDA, o Pablo!
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quando o silêncio
e as atitudes
substituem
a fala
SIM...Lêncio então
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