sábado, 26 de junho de 2010

Teus Olhos








O conto do faz de conta


Faz de conta
que eles nasceram
um para o outro,
mas não sabiam.

Faz de conta
que um dia
não se encontraram,
mas se descobriram.

E então chamaram de desejo
a vontade do encontro.

Chamaram de amor
a cumplicidade.

E tudo isso empurrava os dois
na mesma direção.

Faz de conta
que os dois foram indo.
Foram indo.
Foram.

Se olharam
pela primeira vez
como se vissem o mundo
dentro dos olhos do outro.

Se abraçaram
pela primeira vez
como se num abraço
coubesse toda aquela paixão.

Mas não coube.

A paixão transpirava,
respirava, suava.

Trocava de corpo.

Assumia outra forma.

Voltava na mesma.

Entrava e saía.

Tudo ali se encaixava.

Tudo ali se ligava.

E a cama fez-se palco
para o espetáculo
de amor urgente.

O amor em todas as suas cores:
amarelo, marrom,
branco, transparente.

Eles eram dois
e eram sós.

Mas juntos
eram um.

Faz de conta que
de dentro deles
se ergueu um castelo.

E este castelo se fez fortaleza,
se fez morada,
e da dúvida se fez certeza.

Pelo chão ou pelo ar
fizeram-se caminhos
por todo lugar.

Era um desejo imenso
de ter, ser, saber, conhecer,
explorar, descobrir.

Pegar, segurar, roçar, cheirar, lamber.

Mistura de primeira e última vez.

Faz de conta
que agora
eles estão na cama.

Deitados de frente
um pro outro
se olhando.

Filmando,
fotografando
na memória
cada detalhe.

Dos cabelos ao pescoço,
dos lábios aos olhos,
do nariz às orelhas,
dos sonhos à história.

Faz de conta que não acabou.

Feche os olhos.

Faz de conta que
é só dormir de novo,
e tudo recomeçará.

Faz de conta
que é para sempre...


Fez de conta?

Agora me conta...
Isso tem jeito?
Isso tem fim?
Isso é isso mesmo?


2010
antoniOCarlos

Nunca desacredite do que falo.
Nunca duvide do que posso fazer.
Nunca tente medir meu amor.
Nunce tente me testar.

Gostei muitas vezes na vida,
amei poucas,
talvez só uma.

E se algum dia eu disser
que amo você
é porque assim quis
e por um longo tempo ainda
hei de querer.

Sempre acreditei
que os amores eram eternos,
mas os gostares também o são.

Com uma aprendi a gostar de música.

Com outra a admirar a liberdade.

Teve aquela que me apresentou a distância.

E você me convidou à cumplicidade
em banhos intermináveis
em lagoas forradas
de vitórias régias.
NINÚFARES!!.

Daqui hoje as coisas nascem.
E se escrevo é porque vivo.
Se vivo é porque quero.
Se quero é porque desejo.
Se desejo eu amo o meu desejo.
E meu desejo tem nome
VOCÊ!

E não faça de conta, é pra saber!
E sabendo...Muito além da ilusão...
Pergunto:
O que você faria se não tivesse medo???
Este medo danado assolando o teu coração???

hein?
Então....1/2 beijo sabor suspiro
com você volteando em meus braços
ao som de um tango
em dois olhos que se tragam
pela transparência
de duas taças de vinho...
Adiós Nonino!

DÍMAISSSSSSSSSSSS



Música : Teus Olhos - Marcelo Camelo & Ivete Sangalo

Um comentário:

  1. Ai meu Deus que assim eu me desapaixono e me apaixo de novo....kkkkkkkkkkk....meu marrentinho querido, dos olhos mais verdes desse mundo, esta Felina aqui de olhos azuis da cor do mar, te amaaaaaa...quero um dia dançar um belo tango com vc....kkkkkkk....topas?

    Beijos meu anjo querido....bom final de semana.

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